quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cartas para Querubim - nº 07

Boa noite,

Estava lendo o rascunho que fiz para a última carta que lhe enviei, enquanto tentava entender um pouco a ignorância das pessoas diante de alguma gentileza. Aqui tem acontecido com alguma frequência, mas algumas se sobressaem. Queria compartilhar com você, mas estou com preguiça de escrever todos os fatos.

Resumindo, tive de explicar pra uma pessoa a importância que dou para as amizades e que não espero nada em troca do que ofereço a elas. Cheguei a irritar-me quando a pessoa me falou que eu deveria procurar saber quem são meus amigos, de fato, antes de gritar aos ventos chamando-os de tal. Senti uma revolta dentro de mim, Querú. Agora me dizem o que fazer, como fazer e com quem, sem que eu tenha pedido opiniões.

Um trecho de minha resposta:

"Na realidade, chamo de amigo as pessoas que eu gosto. Nem sempre eu vou obter o mesmo sentimento de volta. Paciência. Nem me importo tanto com isso assim.

Minha dedicação é a mesma para todos que considero meus amigos. Parece pouco, mas é muito mais do que se costuma ver por aí. Como eu disse, paciência. Nem tudo é como a gente quer."

Confesso que ainda me decepciono com as pessoas, mesmo depois de tudo o que já vi por esse mundo. Mas agora, enquanto te escrevo, todo o embrulho do estômago já passou. O jeito é caminhar até a sacada e fumar o último Bali-Hai e desmaiar até o despertador me lembrar que preciso viver.

E você, como está? (Pergunto rindo por saber que não terei resposta, mas, como eu disse, paciência.

Até.

Um comentário:

Carol Felix disse...

Estou adorando as Cartas Para Querubim :) Keep it up!