quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

De ti, até quando me escondo, me exponho.

Não decifras os códigos porque não tens aquele cromossomo Y. Mas capta a essência. Isso já me basta.

sábado, 17 de dezembro de 2011

No meio da noite

Acordo. Sonhei que Olivia chorava no berço e eu não conseguia achar o caminho até ela. Você dizia que estava tudo bem, que já chegara até ela e que era manha de bebê. Me tranquilizei quando você a trouxe nos braços, ninando-a calmamente, cantando músicas inventadas. Estava escuro e me esforcei para enxergar. Acordei e você dormia, na mesma paz que dormia alguém que ainda nem existe.

domingo, 13 de março de 2011

Para ti, Cleber, que sabes de tudo.

Sem desmerecer a beleza e o perfume das outras flores, mas, quando me deste tulipas, no lugar de previsíveis rosas, eu soube que me conhecias melhor do que as páginas do meu diário. Sem me encher de perguntas inconvenientes, sem exigir respostas e sem tentar adivinhar quem sou, você já sabia. Apenas com meu silêncio. Conhece-me tão bem quanto meus amigos de infância ou minha terapeuta. Arrisco dizer que, em alguns momentos, sabes quem sou além do que sei sobre mim. E que quando me levas para jantar num restaurante italiano ao invés de me dar chocolates, ou me dá livros ao invés de alianças, tu sabes quem sou. E sou grata por isso. E te amo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Paralelo

Ele é mais Paul, eu sou mais Lennon
Eu sou mais Amarante, ele é mais Camelo

Eu sou mais música, ele é mais livro
Ele é mais direto, eu sou mais labirinto

Ele é mais casa, eu sou mais rua
Ele é mais sol, eu sou mais lua

Ele é mais chá, eu sou mais café
Ele é mais carro, eu sou mais a pé

Ele é mais doce, eu sou mais salgado
Ele é mais charuto, eu sou mais cigarro

E se tu é mais praia e eu sou mais campo
Não importa, meu bem, só sei que te amo.