quarta-feira, 14 de março de 2012

Você me acusa de conhecer-te pouco, mas sei mais do que você pode imaginar.
Sei que gosta de acordar com um beijo, de abrir os olhos e sonhar acordada por 15 minutos, fazendo planos para o dia que viverá nas próximas horas.
Sai de casa sem comer "porque é impossível sentir fome na primeira hora da manhã". Fuma um cigarro até o ponto de ônibus. Lê em pé, enquanto espera. Lê sentada, quando assim é possível. Chega no trabalho e toma café. Vê as notícias no Reader, o Twitter, o Facebook. Sei que fica triste quando não tem e-mails escritos especialmente para você.
Sei que se desliga do trabalho na hora do almoço, que fuma outro cigarro, que come em qualquer lugar, desde que não precise comer sozinha. Sei que gosta de filosofar sobre a vida com os amigos e que analisa cada gesto das pessoas e tira suas conclusões. Sei que quer ser psicóloga e até acho que tem jeito pra isso. Lê a essência das pessoas e as ama ou as odeia.
Sei que sorri quando abre a porta de casa e agradece por ter chegado ali. Que faz o possível para me esperar acordada e como nem sempre tem sucesso, se entristece. Sei que gosta de dormir com o edredom, mesmo nos dias mais quentes.
Sei que quando me morde a nuca, beija a ponta de minha orelha, você não quer dormir. E que gosta das minhas orelhas. E gosta de ver enquanto se delicia e que gosta de gozar comigo. Sei que se levanta e fuma um cigarro e pensa na vida de forma mais leve, como se tudo tivesse soluções simples.
Sei que quando volta e estou dormindo, fica me olhando, até pegar no sono. E dorme profundamente.

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