sábado, 31 de março de 2012

Há algumas semanas atrás, estava abrindo meus arquivos bagunçados do bloco de notas, onde geralmente escrevo as coisas antes de publicar aqui. Joguei um monte de tralha fora, mas fiquei encanadíssima com um texto que eu não lembro ter escrito. Segue:

Não brinco com Olívia porque ela não sabe brincar. Encara um comentário despretensioso como se fosse uma espécie de afronta à sua persona. Não sei como ela multiplica as coisas em sua cabeça, mas o resultado é sempre um silêncio ruidoso, que incomoda mesmo de longe. E, da mesma forma que ela congela tudo ao seu redor, ela se derrete em frações de segundo e me abraça e diz que me ama e que não vive sem mim e que quer casar e ter filhos. E me abraça e me ama e diz que me perdoa. Olívia não olha para trás.



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