sábado, 30 de maio de 2009

Modinhas da Web

Ontem eu estava sem sono e depois de entrar em nem-sei-quantos sites de moda, eis que achei um que me agradou bastante.

Lembram bonequinhas de papel, da época da nossa mãe, em que era possível mudar as roupinhas, também de papel, delas? Então, o Looklet.com é exatamente a mesma coisa, mas com modelos, roupas e acessórios de marca e vários sets pra você escolher.

Eu que a-do-ra-va brincar com as bonequinhas de papel, me diverti muito entre ontem e hoje bancando a personal stylist. Tem alguns looks que fiz na imagem abaixo:


Para ver mais looks feitos por mim, clique aqui para ver minha página.

O legal do site é que todo mês eles premiam (com alguma roupitcha legal) a dona do look mais votado naquele mês.

domingo, 17 de maio de 2009

Aos amigos, com amor.

Esse texto era um e-mail que eu estava escrevendo para deixar registrado o quanto algumas pessoas são importantes pra mim. Escrevi tantque acabou se tornando um post no blog.

Andando pelas ruas de São Paulo, principalmente aqui pelo centro, pode se ver pessoas diferentes, atitudes impensáveis, pode se sentir cheiros, agradáveis ou não, pode se saborear delícias e tocar em coisas incríveis. Mas, o que mais me impressiona nessa cidade, é ouvir, apesar de todo barulho dos carros e ônibus, o que as pessoas dizem de surpreendente naquela fração de segundos em que você cruza com uma delas.

Estava caminhando em direção ao terminal, para mais um dia de aula na faculdade. Atravessei a rua pela faixa de pedrestes e, ao chegar do outro lado, ouço uma mulher falando para um de seus dois filhos:

¨- Não, Maicon (acho interessantíssimo a variação de um nome estrangeiro no Brasil), você precisa aprender que não existe esse negócio de amizade. Isso é tudo uma grende mentira. As pessoas te chamam de amigo para te usar e, quando você não serve mais, te jogam fora...¨

Como eu andava um pouco descrente em relação a amizades e estava revendo alguns conceitos que eu fazia dos mesmos, resolvi desacelerar os passos e ouvir mais um pouco da lição que a mãe tentava passar ao filho.

¨- ... Você vai ver que quando precisar de algum favor, por menor que seje (sic), esses que falam que são seus amigos vão te dar uma desculpa e cair fora. Aí, quando eles precisarem de você, ele vão te chamar de 'amigão' na maior cara de pau. É sempre assim, aprende desde já o que eu tô te falando pra você não sofrer no futuro...¨

Confesso que fiquei pensando nisso o caminho até chegar na faculdade. Queria saber se aquilo o que a mãe falou serviria para formar o caráter daquele menino, e que caráter formaria. Fiquei me perguntando se ele ouviria o conselho da mãe e seria, desde tão novo, desconfiado de todos, sem sequer dar-lhes uma chance de provar o contrário. Que a mãe não estava de toda errada, é verdade, o que não faltam são oportunistas. Mas, será que não caberia ao menino descobrir isso na hora certa? Ou será que quanto mais cedo, melhor?

Não sei. Mas sei que se não houvessem erros, dificilmente haveriam acertos na hora de escolher quem estará próximo de nós ao longo da vida. Por mais que nada dure para sempre, é muito confortante saber que aquela pessoa, que você escolheu a dedo e te escolheu também, compartilhará os momentos mais importantes de sua vida, sejam bons ou ruins.

Por tudo o que pensei, agradeço aos meus pais, que fizeram com que eu enxergasse neles, meus melhores amigos e me ensinaram que os amigos são importantes e nos faz aprender a impraticável tarefa de confiar em alguém, que não nós mesmos, sem esperar nada em troca.

Aos meus grandes amigos escolhidos a dedo, que estiveram (e estão) lá quando precisei (e é recíproco), também sem pedir nada em troca, um brinde, porque nós somos muito sortudos por termos encontrados uns aos outros no meio da multidão. Não consigo imaginar como teria sido a minha vida sem vocês por perto.

Amo vocês.

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Michelle Chieregatti
http://visitaesporadica.blogspot.com

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Lavou, tá novo

Encontrei num e-mail, do fim do primeiro semestre de 2005, um conto besta (mais um) que escrevi a pedido de alguém e, como não tive coragem de mandar, guardei.

Arrumei algumas coisas porque estava meio hardcore e resolvi postar. É meio longo, mas não tem continuação (ufa!).

Segue, abaixo.


Há alguns meses ela tentava se esquivar das incansáveis investidas do conhecido que trabalhava na sala ao lado. Parecia que ele percebia quando seu trabalho havia terminado para passar por ali e puxar algum assunto. Ou quando ela saia para tomar um café na lanchonete, 11 andares abaixo do escritório em que trabalhavam. Até mesmo quando ela precisava levantar para pergar alguma coisa que passava perto da sala dele, ele estava ali, de prontidão, para falar alguma gracinha.
Com o tempo, Clarissa foi se acostumando e quase não ouvia quando Pedro bancava o sedutor barato. Vezes ria, vezes, simplesmente, ignorava.

Foi na confraternização de fim de ano que alguma coisa mudou. Assim como todas essas festas, podia-se notar o lado não-profissional das pessoas, num momento quase espontâneo de felicidade, não fosse pela bebida que a empresa estava pagando.

As que se faziam de santa já estavam prestes a dançar em cima da mesa, as mais atiradas jogando todo o charme nos patrões, as casadas dançando frenéticamente na pista e Pedro conversava e gesticulava enquanto carregava entre os dedos, um cigarro quase no fim.

Ela tentou, mas não conseguiu evitar de observar o comportamento dele. Parecia que, naquele momento, a imagem que tinha dele foi desfeita. Pedro, até então, era basicamente homem de academia, preocupado com a aparência e nada preocupado com o vocabulário. Chega a soar ignorante ao usar as palavras. Ele veste roupas da moda e pratica esportes radicais. Sai com mulheres exuberantes, bebe até cair e dirige um carro esporte. Tudo isso ela ouviu da Marcinha, a mulher que prepara o café da empresa.

Clarissa, por sua vez, encarnou o personagem de patinho feio que lhe deram no primário. Por mais que lhe dissessem o contrário e que quisesse acreditar, sentia-se desconfortável com a idéia de parecer bonita. As roupas eram sempre discretas, escondia-se atrás dos óculos e não usava maquiagem por achar que chamaria muito a atenção. Fumava escondida do chefe porque achava que era falta de profissionalismo e só bebia,  socialmente, quando estava entre amigos de muita confiança.

Ao perceber que estava sendo observado, Pedro foi até ela e começou a conversar. Quase não dava pra se ouvir as palavras com tanto barulho, então ele fez o convite para que tomassem um ar lá fora. Se fosse alguns minutos antes, ela descartaria, mas resolveu aceitar. Estava curiosa para saber o que ele diria naquela ocasião. No mais, ela havia bebericado alguns goles do uísque que ainda estava em suas mãos.

Foram, conversaram e Clarissa pensando quanto tempo mais levaria para que saíssem dali e fossem para a cama mais próxima. A cada baforada ou história que ele contava, por mais erradas que fossem as concordâncias, mais o queria. Queria os lábios, os braços fortes a tomando, queria sair dali. Entornou o uísqe que ainda restara no copo, respirou fundo e criou coragem para tomar as rédeas. ¨Vamos sair daqui?¨

Foram pra casa dele. No elevador, soltou as madeixas, tirou os óculos e o beijou. Tudo do jeito que ela queria. Tomou-a nos braços, entrou no apartamento, tirou o terno, gravata, a camisa de Clarissa e deitaram-se no sofá. Com os pés, jogaram os sapatos e as almofadas no chão, as roupas na mesa e se acariciavam como se o mundo fosse acabar ali. Beijos, abraços, carícias, arrepios. Amaram-se até a exaustão e adormeceram.

No dia seguinte, ela acorda, se veste e vai embora. Prefere pensar na hipótese de que nada de extraordinário  aconteceu. Vai pra casa, toma banho e pensa o que fará na segunda-feira. Ressaca, moral e física. Apesar das consequências, não tem queixas, afinal, mal lembrava a última vez que fe tal extravagância. Toma café e vai para o computador terminar sua planilha de custos.

Na segunda-feira, Clarissa fez o que faz todos os dias. Toma banho, café, escova os dentes, se arruma e vai trabalhar. Lamenta-se todos os dias por ficar mais de uma hora no trânsito num percurso de apenas 20 minutos. Chega no trabalho, cumprimenta todos, pergunta pra Marcinha quais as novas e vai até sua mesa. Exceto pelo fato de não ter ouvido nenhuma cantada matinal de Pedro, está tudo do mesmo jeito. Ignora o fato e vai trabalhar, já que não tem outro jeito. Algumas horas depois, alguém bate em sua porta. ¨Dormiu comigo noite passada, linda?¨

Ah, a rotina... Nada melhor que saber que tudo continua exatamente igual.


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Michelle Chieregatti

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Créditos

Esqueci de dar os créditos pra Gabi. Se não fosse por ela, eu só ia saber que dava pra fazer isso na próxima atualização deste, ou seja, sabe-se lá quando.

Valeu, Gabi.

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Michelle Chieregatti
www.visitaesporadica.blogspot.com

Teste aqui também

Achei legal esse negócio de postar por e-mail já que eu tenho muita preguiça de entrar no Blogspot pra fazer isso. 

Talvez as atualizações sejam menos esporádicas. Ou não.