Parte V
Olívia aproveita pequenos acontecimentos para escrever seus romances, o acontecimento de hoje certamente se tornaria um deles. Não porque achava que ali tinha algo de romance, mesmo porque ela não via romance em lugar algum, mas porque o café lhe pareceu um marco em sua vida adulta e precisava ser registrado. Senta-se na cadeira de balanço com seu caderno e sua caneta e começa a rascunhar palavras.
“Conhaque”, pensa. Desce as escadas, pega o conhaque e deita-o sobre seu copo preferido. Está frio, ela se enrola num cobertor e vai até o jardim segurando o copo e o cigarro na mesma mão. Pensa em várias coisas, lembra-se de acontecimentos, imagina coisas que poderiam acontecer e logo nasce o romance que será publicado na próxima semana. Deita-se na grama úmida e fria e imagina a história várias vezes. Olívia não sente mais frio, sente um formigamento gostoso no corpo todo e sorri. Levanta-se, toma banho, deita-se em sua cama com computador e digita a história. Lê, relê, arruma e envia para o jornal.
Olívia costuma queixar-se sobre a falta de tempo, mas é uma das poucas coisas que não lhe falta. Só precisa ir até o jornal uma vez por mês, que é quando precisa assinar um documento para receber seu pagamento. Nos outros dias, Olívia não faz nada mais além de inspirar-se.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Olívia não brilha - Capítulo V
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2 comentários:
Eu deveria ser como Olívia e revisar meus textos antes de serem publicaods. Fico pas-ma com a quantidade de erros que um ser humano (eu) consegue cometer.
Virem-se para entender.
eu sou a última pessoa que pode te criticar por isso, heheh.
...e o que olivia escreveu?
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