sexta-feira, 28 de setembro de 2012

 

Que eu fui criada pra pensar que a gente precisa ser feliz. Agora. E a gente vai até a varanda, fuma um cigarro e me perguntas o que me faz feliz, afinal? Um balanço com vista para o rio é a imagem que aparece nos pensamentos e o vai em vem, o vento batendo no rosto, os cabelos soltos, a liberdade, o cheiro da água do rio doce, que alenta até os mais tristes. Penso em ti e em teus olhos castanhos, empurrando minhas pernas para que eu possa sentir essa sensação over and over again.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Tirei os óculos, prendi os cabelos, subi as meias até os joelhos e agora tô novinha. Pouco se faz quando se lamenta o que não dá pra ser feito. Porque chorar esse tanto, me dá dor de cabeça, meu bem.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Acorda no meio da noite. Só depois de alguns segundos percebe que era sonho. Estava no campo e só se ouvia o barulho da cachoeira caindo pesada. Havia só o vazio das árvores, a grama verdejante e o passar rápido das nuvens no céu azul. Silêncio. O ócio só lhe servia para refletir nas coisas que não deveria ter dito e nas coisas que não deveria ter feito. Se pudesse, estaria no caos de São Paulo, se preocupando apenas com o horário do ônibus que tarda a passar. Levanta da cama, vai até a casa na árvore que lhe serviu de lar tantas vezes na infância esperando encontrar alguma paz. Encontra um ninho de pássaros. Ri por saber que há pouco tempo, aquele lugar também servira de lar para outro ser vivo. Inevitavelmente, pensa em Olívia, que espera a chegada ao mundo ansiosa, remexendo no ventre. Se Olívia soubesse o que a espera, talvez não estaria tão apressada para sair do seu ninho. Acorda novamente.